quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Do maravilhoso e do sobrenatural - O Livro dos Médiuns

Allan Kardec, no capítulo II de “O Livro dos Médiuns”, examina o sistema que imputa as manifestações dos Espíritos como sobrenatural ou maravilhoso, elabora, através de seu prodigioso raciocínio lógico, as argumentações necessárias que refutam os questionamentos mal fundamentados e, por fim, desafia, em sua batalha filosófica, aqueles que provarem que tais manifestações, em tela, são contrárias às leis da Natureza.
Há uma divergência fundamentalmente ontológica entre aquele sistema e Kardec, e de difícil equação, quando os entendimentos díspares se anulam mutuamente. Na compreensão espírita, o Espírito desencarnado é um ser inteligente, que possui a faculdade do pensamento contínuo expressado em sua perspectiva sutil, e esta faculdade ultrapassa as fronteiras materiais entre os dois planos, o que possibilita impressionar os elementos químicos que constituem os corpos e objetos, relativizando o efeito, a depender da intenção e do teor vibratório.
André Luiz, em “Evolução em Dois Mundos”, esclarece-nos da diversidade de formações materiais hauridas do fluido cósmico universal: “Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série esquiogenética[1]”.
Portanto, não há nada de antinatural, visto que um experimento bem-sucedido, como o da manifestação dos espíritos, respeita as Leis Naturais e Divinas, mas escapando à razão daqueles que não a compreendem e nem o desejam, por orgulho, duvidam de maneira ingênua.


[1] Tabela Periódica

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