terça-feira, 31 de maio de 2011

Paradoxo existencial

Sabe irmãos, ando cambaleante nas certezas de minha maturidade ingênua, e às vezes:

a claridade me cega,
tenho sede em fonte pura,
degusto amargor na douçura,
vejo vivos entre mortos,
recalcitro na disciplina,
tenho medo da fé,
me irrito na gentileza,
o silêncio me ensurdece,
tenho fome no banquete,
busco a verdade na mentira,
clamo socorro sem pedir,
padeço no prazer,
vivo o eterno no transitório,
fujo de mim mesmo.

Oh mundo contraditório!
Até quando dormirei acordado no sonho de minha realidade ilusória?
Até quando a Verdade ser-me-á inconveniente?
Incauto, rebelde e indolente, devo aceitar a máxima do meigo nazareno: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida!".

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